Pilates x Parkinson


A doença de Parkinson ocorre quando neurônios (células nervosas) de uma parte do cérebro (substância negra) morrem ou tornam-se prejudicadas e deixam de produzir dopamina.  A dopamina é um mensageiro químico conhecido como um neurotransmissor que ajuda a controlar os músculos e os movimentos, quando os níveis de dopamina estão baixos o movimento será lento e hesitante (perda de equilíbrio e postura), músculos tensos e rígidos e haverá agitação ou tremores. Doença de Parkinson é progressiva, e por isso seus sintomas variam dependendo de quanto tempo o indivíduo tenha tido a doença.

As drogas são geralmente prescritas para tratar os sintomas, mas também é uma boa ideia olhar para os hábitos de vida geral, a fim de administrar com êxito a doença no cotidiano. A vida torna-se mais e mais difícil à medida que a doença progride, os parkinsonianos tendem a se tornar mais sedentários. As pessoas que têm Parkinson, também tendem a respirar superficialmente, limitando assim a quantidade de oxigênio que está disponível para utilização pelo organismo.

O Pilates centra-se na respiração torácica, que preenche todo o espaço na caixa torácica de modo que os fluxos de oxigênio para os músculos sejam  mais eficientes. Ele também ajuda a melhorar a coordenação e controle dos movimentos, através de técnicas como o alongamento dos músculos. Alguns dos problemas rotineiros associados ao Parkinson, como a tensão nos ombros e costas podem ser amenizados utilizando o método.

O Pilates incentiva padrões de movimentos específicos por meio do reposicionamento muscular e alongamento; a falta de destreza associada ao Parkinson podem ser aliviados. Os exercícios no método ocorrem de uma forma controlada, tendo assim um papel na reeducação neuromuscular, simulando atividades de vida diária como, agachar-se e sentar-se.

Não há pesquisa oficial sobre Pilates e Parkinson que aborde especificamente os sintomas, mas na prática, há uma evidente melhora no equilíbrio, na rigidez muscular e flexibilidade. O importante é se manter sempre ativo e se exercitar com frequência, pois assim os músculos e o cérebro se mantêm sempre desafiados. Um dos avanços mais significativos na neurologia nos últimos 20 anos tem sido o reconhecimento de uma maior capacidade de recuperação do cérebro após lesão, ao invés do que se pensava anteriormente. Atualmente é reconhecido que o cérebro tem capacidade de se reorganizar (neuroplasticidade) após uma lesão ou doença, e que este fenômeno pode ser facilitado por meio de um complexo e intenso treino de capacidades físicas. Hirsch (2003) demonstrou que a força muscular e o equilíbrio podem ser melhorados em doentes de Parkinson com um treino intensivo de resistência e equilíbrio, durante dez semanas (três vezes por semana).

Com o Pilates é possível retardar o aparecimento dos sintomas e até mesmo controlar os sintomas presentes, trazendo melhor qualidade de vida para o indivíduo com Parkinson.





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